sábado, 26 de junho de 2010

Equinodermos

Oi, pessoal!! Uma pequena mudança de planos: ao invés de falarmos sobre os moluscos, falaremos sobre os equinodermos primeiro. E já que esse assunto é um pouco menor as curiosidades estam unidas ao texto, ok!?

Então, vamos lá!



Os equinodermos (do grego echinos: espinhos; derma: pele) constituem um grupo de animais exclusivamente marinhos, dotados de um endoesqueleto (esqueleto interno) de calcário muitas vezes provido de espinhos salientes(presentes em diversos formatos nos grupos de equinodermos, e atuam com a função de proteger o animal e para a locomoção),que formam um rígido suporte que contem em si os tecidos do organismo, mas não possui coluna vertebral, sendo assim, não é caracterizado como vertebrado. Porém, estes animais se aproximam muito dos cordados por possuírem celoma verdadeiro e por serem deuterostômios, ou seja, o orifício embrionário conhecido como blastóporo origina o ânus dos indivíduos. São os seres do filo Echinodermata, pertencente ao superfilo Deuterostomia do reino Animalia, e destribuído entre três diferentes classes (Crinoidea; Asteróidea; Ophiuroidea; Echinoidea; Holothuroidea). Este filo surgiu no período Cambriano recente e contêm cerca de 7.000 espécies viventes e 13.000 extintas.
Características gerais:
Nos equinodermos é notada a presença de um complexo sistema de lâminas, canais e vávulas, chamdo de sistema ambulatório (do latim ambulare: caminhar), este que é responsável por diversas funções, como a locomoção (1), respiração (2), circulação (3), excreção (4) e até mesmo a percepção do animal.
1 - Os equinodermos se locomovem através do que conhecemos como pés ambulacrários, pois estes possuem paredes musculares e ampolas que acumulam líquido. As variações de pressão do líquido no sistema determinam a expansão ou a retração do animal. Eles têm um sistema nervoso simples que consistem em uma rede nervosa modificada (neurônios interconectados sem nenhum órgão central, já que os equinodermos não têm cérebro) e composto por anéis nervosos nervos em volta da boca se estendendo por cada braço. Os ramos desses nervos coordenam o movimento do animal.
2 - Estes animais respiram através de minúsculas branquinhas localizadas próximas a sua boca, e também por toda a extensão dos pés ambulacrários, pelos quais circula a água.
3 - Em todo equinodermo, há um liquido incolor que circula por seus canais, que transporta substancias, ao longo do corpo do animal.
4 - Suas estretas também são facilmente eliminadas por seu sistema ambulatório, que é por onde a água circula.

A reprodução dos equinodermos. Possuem sexos separados e a fecundação externa ocorre na água. Seu desenvolvimento é indireto, pois as larvas se transformam em animais jovens com forma própria.
Eles também apresentam regeneração, e esse processo pode ser entendido por um simples exemplo: Quando a cauda de uma lagartixa é cortada, em poucos dias cresce uma nova cauda, regenerando-se. Isso também acontece quando uma estrela-do-mar perde um dos braços. Esse fenômeno representa uma vantagem para os animais que, quando atacados ou em perigo, "entregam" parte do seu corpo para o predador, enquanto procuram se esconder. Se o disco central estiver intacto, há espécies de estrela-do-mar que conseguem se locomover e se alimentar com apenas um dos braços, enquanto ocorre o processo de regeneração através de divisões celulares. O pepino-do-mar, em situação extrema de perigo, deixa parte de suas vísceras (órgãos internos). Isso distrai os predadores e lhe dá tempo de escapar.


Crinoidea


A classe Crinoidea é caracterizada por animais exclusivamente marinhos que habitam todas as profundezas até aos 6000 metros, de aparência semelhantes, ao que podemos chamar de, "flores marinhas", pois seu corpo é formado por um pequeno cálice constituído por placas calcárias, a qual se prendem os cinco(ou múltiplo de cinco, devido a simetria pent "braços", tentáculos do animal.
A vida desse animal varia, entre os de vida livre (adulta ou lavar) e os que vivem fixos a um pedúnculo, fixo a um fundo arenoso ou objetos de de mateiras que circulam a deriva nos oceanos. Sua subclasse Articulata, é a única que ainda vive nos dias de hoje, todas as suas outras subclasse foram extintas. Tendo esta, surgido no período Triássico, enquanto as demais(já totalmente extintas) surgido no período Ordoviciano. Atualmente consta-se cerca de 540 espécies descritas de articulados.
Alimentação: Estes animais se alimentam por filtração, isto é, alimentam-se de de partículas em suspensão na água, como plânctons. Tal processo de extração, é feito através de suas pínulas, que são os cílios que podemos observar ao longo de seus tentáculos, também chamados de braços ambulacrais, são revestidas com muco que prendem apenas as partículas suspensas na água. Depois estas partículas são direcionadas a boca do animal através de fendas ambulacrais ciliadas que convergem para formar fendas maiores nos braços.



Asteróidea


Essa classe reúne as estrelas-do-mar, com cinco ou mais braços ao redor de um disco central, cores e formas variadas, sendo encontradas abundantemente em todos os mares sobre superfícies rochosas, arenosas, lodosas, junto de corais, etc. São extremamente vorazes e seus pratos prediletos são moluscos bivalves como as ostras, mexilhões e vieiras. Quando capturam sua presa, os pés ambulacrários forçam a abertura da concha e a estrela literalmente projeta seu estômago para fora do corpo e para dentro da concha, onde inicia a digestão do molusco lançando enzimas. Posteriormente o estômago e o conteúdo são recolhidos. Devido a sua voracidade as estrelas constituem um sério problema para os aquicultores, pois destroem boa parte de suas criações de moluscos se não forem controladas. Muitas vezes são mortas com água quente ou levadas para terra firme, pois se quebradas podem se regenerar e aumentar ainda mais sua população. A capacidade de regeneração é muito grande, chega a ser comum para mergulhadores ver estrelas em regeneração. Estas também podem formar uma nova estrela a partir de um único braço perdido.


Ophiuroidea


Os animais pertencentes a esta classe conseguem viver em regiões distintas, desde as regiões rasas, até as regiões abissais. Algumas espécies vivem em regiões estuarinas. Vivem abrigados em fendas de rochas, ou sob elas, sobre algas, ou no interior de estruturas animais, como esponjas e tubos de poliquetos. A maioria das espécies, entretanto, é encontrada em areia, lodo e algas, podendo ocorrer, também, em cascalho biodetrítico e corais.
Animais conhecidos como serpentes-do-mar, apresentam o corpo estrelado, mas diferem dos asteróides, por apresentarem o disco central bem diferenciado dos braços. Estes, em número de 5, são cilíndricos, delgados, simples ou ramificados. Quando vivos, apresentam movimentos serpenteantes, dai o seu nome.
Não possuem pedicelas (que são formações constituídas por duas lâminas que se dispõe como pinças móveis que mantém a superfície do corpo livre de detritos e pode auxiliar na captura de pequenos organismos), e seu sistema digestivo é incompleto, faltando reto e ânus. Os resto de alimentos, depois da absorção e assimilação são eliminados através da própria boca porque o intestino, sempre muito curto e rudimentar, é fechado na extremidade posterior.
São carnívoros, alimentando-se de pequenos animais marinhos como crustáceos, vermes e restos de outros alimentos.



Echinoidea


Todo o corpo recoberto de espinhos, daí o nome equinoide, que significa porco-espinho (Barnes, 1984);
Classe subdividida em ouriços regulares, de simetria radial (ouriços) e irregulares (bolachas e corações-do-mar), de simetria bilateral;
Seus ossículos esqueléticos se juntam para formar uma “concha” que encerra todo o corpo desses animais;Movem-se através da ação conjunta dos espinhos com os pés-ambulacrais;
Presença de um aparelho raspador altamente desenvolvido, chamado de lanterna de Aristóteles, formado por cinco placas calcáricas interligadas umas às outras através de fibras musculares, as quais promovem a movimentação desses “dentes” no ato da alimentação, retirando algas e matéria orgânica do substrato.



Holothuroidea


São encontrados em praias rasas. A maioria é bentônica, encontrada em fundos não consolidados de areia e argila, mas algumas espécies vivem em substratos constituídos por rochas, seixos, cascalho, ou sobre animais ou vegetais.
São conhecidos popularmente como "pepinos-do-mar"; ao contrário dos outros equinodermatas, eles apresentam o corpo cilíndrico e alongado, com tegumento mole abaixo do qual se acham espalhadas placas calcárias microscópicas que funcionam como endoesqueleto. A boca é situada numa das extremidades do corpo, e é rodeada por tentáculos ramificados que são modificações dos pés ambulacrários. O ânus situa na extremidade oposta.
Na parte posterior do intestino encontramos formações características que são os hidropulmões ou árvores respiratórias. Admite-se que exerçam funções respiratórias e excretoras.
Certas espécies de holotúrias, algumas das quais existem no Brasil, quando molestada, eliminam uma porção de filamentos brancos e viscosos (órgão de Cuvirer) que são segregados por glândulas próximas ao ânus. Esse comportamento representa um meio de defesa.
Nos pepinos-do-mar o lado dorsal é representado por duas zonas longitudinais, enquanto que o lado ventral apresenta três zonas longitudinais (pés ambulacrários). O alimento dos adultos é representado por detritos orgânicos ou plâncton que o animal em mucos existentes nos tentáculos.





Fonte:


http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/filo-equinodermata/classeg-ophiuroidea.php
http://www.coladaweb.com/biologia/reinos/filo-echinodermata
http://www.labec.com.br/biodigital/fauna/echinodermata/echinoidea/
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos3/Equinodermos.php
http://pt.wikipedia.org/wiki/equinoderme

Nenhum comentário:

Postar um comentário